terça-feira, 6 de novembro de 2012

Brilho eterno de uma mente sem lembranças


Faz tempo que a gente não se vê, e apesar disso, lembro de todos os detalhes da última vez, lembro até que roupa você usava, onde estávamos e o que falamos. Não que eu seja pirada ao ponto de guardar tudo na minha cabeça, mas é automático, gosto de quando minha memória funciona e guarda coisas para lembrar depois, muito embora, é bem verdade, há coisas que eu simplesmente gostaria de não ter vivido, muito menos ter na lembrança. Mas enfim, é algo que eu tenho que saber lidar.
Não esqueço das noites, em especial uma... Que entre os milhares, longos e intensos beijos me senti grudada em você, sem querer largar o bastante para que nossos corpos criassem sombras. O bastante para, literalmente, incendiar ainda mais aquele momento. Me faltava o fôlego de te ter em minhas mãos, e estar nas suas, quando fecho os olhos e mordo levemente os lábios, sinto seu gosto na minha boca. Não consigo explicar esse aperto e desejo de sua pele em mim. 
Ao mesmo tempo sei, não adianta chorar pelo leite derramado... São apenas lembranças que a carência insiste em trazer. 




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